terça-feira, 12 de junho de 2007

Wisteria


É à sua elegância oriental que se deve a popularidade das glicínias. As flores são muito perfumadas e crescem em longos cachos na primavera e no verão, sendo seguidas de vagens semelhantes ao feijão-verde. Estas plantas lenhosas e caducifólias trepam por enrolamento e podem ser guiadas num arco ou pérgula resistentes ou contra uma parede. Duram muito tempo e tornam-se enormes se cultivadas num solo rico. Devem ser podadas duas vezes num ano para maximizar a floração. Exigem menos cuidados se forem cultivadas como árvore grande. Preferem solos húmidos com boa drenagem e sol ou sombra parcial. As hastes devem ser atadas para criar uma estrutura permanente. No verão, as hastes laterais devem ser reduzidas a 4-6 folhas ou a 15cm do caule principal. No Inverno devem voltar a ser reduzidas a 2/3 gomos.

Parthenocissus


A vinha-virgem fixa-se a quase todas as superfícies por meio de minúsculas ventosas que possui nas extremidades das gavinhas. Estas trepadeiras caducifólias e lenhosas são cultivadas pelas suas bonitas folhas que apresentam cores espectaculares no Outono. No verão produzem flores, minusculas seguidas de bagas negras venenosas. Estas trepadeiras vigorosas podem ser guiadas para esconder muros, vedações, estruturas feias ou, ainda, revestir o tronco de uma árvore grande. A vinha-virgem é fácil de controlar mas podem deixar manchas em paredes e cercas. Prefere solo fértil com boa drenagem e sol directo ou sombra parcial. As plantas jovens devem ser amparadas até estarem firmemente fixas. Devem ser aparadas no Inverno e no verão. Propagam-se por semente no Outono ou por estacas caulinares (no verão) ou lenhosas (no Inverno)

Jasminum


Muitos dos jasmineiros que trepam por enrolamento são plantas delicadas, mas vale a pena cultivá-los por causa do seu perfume a mel e pelas flores, em geral brancas ou amarelas. Nas regiões onde há geadas até as espécies mais rústicas precisam do abrigo de uma parede soalheira. Nos climas frios é boa ideia cortar estacas para o caso de o Inverno ser muito rigoroso. Prefere solos férteis com boa drenagem e sol directo. A poda deve ser feita a seguir à floração. A multiplicação pode ser feita por enraizamento de estacas semilenhosas no verão.

Hedera


As folhas da hera podem apresentar várias formas e tons de verde, sendo algumas variegadas com manchas douradas e prateadas. As heras jovens trepam, encostadas à superfície, por meio de raízes aéreas, mas quando atingirem a maturidade começam a parecer-se com árvores, apresentando tufos grandes e altos. No verão, as heras adultas produzem flores insignificantes, seguidas de atraentes cachos esféricos de bagas pretas, laranjas ou amarelas. Estas trepadeiras lenhosas e perenes variam muito quanto à altura, resistência e tolerância à sombra. Devem ser cultivadas contra uma parede ou árvore ou como revestimento do solo. As heras não danificam muros e paredes, a não ser que já existam fendas. As heras toleram a maioria dos solos, em especial os alcalinos e a maioria das situações, mas preferem solos férteis enriquecidos com matéria orgânica bem decomposta. As de folhas verdes dão-se bem à sombra e as cultivares variegadas gostam de luz e de abrigo contra os ventos frios. Como forma de propagação podem-se enraizar estacas semilenhosas no verão.

Espécies utilizadas como trepadeiras

Ao longo de todo o muro foram plantadas 4 espécies diferentes de trepadeiras de forma a colorir a parede de uma forma heterogénea, jogando com as diversas formas e tonalidades da folhagem, e com as diferentes colorações das flores e épocas de floração. As espécies são: Hedera, Jasminum, Wisteria e Parthenocissus que serão analisadas de forma individualizada em futuros posts.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Teucrium


Cultivados pela folhagem aromática e pelas flores atractivas que produzem no Verão, estes arbustos perenes e caducifólios fazem parte de um grupo vasto que inclui também plantas não lenhosas. As folhas são em regra verde-acinzentadas, com a página inferior prateada, e as flores tubulares ou em forma de sino, que crescem em ramalhetes até ao final do Verão, são em tons de rosa, azul ou amarelo. Um canteiro abrigado ou uma parede soalheira serão necessários nas regiões mais frias, mas o Teucrium chamaedrys é excelente para sebes e bordaduras nas regiões mais amenas. Podem misturar-se com outros arbustos que dão flor no Verão como as alfazemas, artemisias ou alecrim para criar um conjunto aromático.
Preferem solo com boa drenagem, ligeiramente alcalino, e as espécies mais pequenas requerem uma drenagem eficaz. Devem ter sol directo. Para manter a forma, devem aparar-se as hastes na Primavera ou no fim do Verão, após a floração. Para propagar, devem cortar-se estacas caulinares no inicio do Verão ou semilenhosas no fim e deixá-las enraizar numa estufa aquecida. No Inverno, as jovens plantas devem ser protegidas das geadas.

Euonymus


A folhagem colorida é o grande atractivo deste grupo de arbustos e árvores. Os de tipo caducifólio apresentam no Outono uma vistosa folhagem outonal e decorativos frutos lobados, enquanto que a maioria dos perenes possui um colorido variado que enfeita o jardim ao longo de todo o ano. As folhas são variáveis, mas em geral ovais, e os pequenos cachos de flores roxo-avermelhadas ou vermelho-acastanhadas surgem no fim da Primavera ou no Verão. As perenes são ideais para plantas solitárias, sebes ou revestimento. Alguns tipos de Euonymis fortunei trepam se os encostar a uma parede. No Inverno, as plantas jovens ficam bem em floreiras e vasos. Todas as partes da planta podem causar problemas digestivos.
Preferem solos com boa drenagem e as espécies caducifólias toleram melhor a seca. Podem ser colocadas em local soalheiro ou sombra parcial, sendo que ao sol precisam de solo húmido. As perenes devem ser protegidas dos ventos frios e secos. As espécies caducifólias devem ser podadas, se necessário, no fim do Inverno ou no início da Primavera e as perenes após a floração. A propagação pode ser feita por semente num estufim frio ou por estacas caulinares (nas espécies caducifólias) ou semilenhosas (nas perenes) no Verão.

Escallonia


Folhas brilhantes e perenes e uma profusão de flores são os atractivos destes excelentes arbustos. Exibidas durante bastante tempo, sobretudo no verão, as flores são oblongas ou em forma de disco, em tons de branco, rosa ou vermelho. Não exigem grandes cuidados, crescem rapidamente e toleram a seca. Formam sebes robustas, resistentes aos ventos mas ficam igualmente bem como plantas solitárias ou no centro de um canteiro de arbustos ou misto. Ficam bem misturadas com a planta-do-fumo, lilases, hipericão e potentilas.
Preferem solo fértil com boa drenagem. Devem aparar-se levemente as hastes que estragam a forma do arbusto no meio ou no fim da Primavera. É conveniente aparar as sebes após a floração. Para multiplicar podem cortar-se estacas caulinares no início do verão, semilenhosas no fim do Verão ou lenhosas do fim do Outono ao Inverno.

Espécies utilizadas como sebe

Em torno do Jardim foram plantadas três espécies diferentes de plantas para formar a sebe, contrastando com as vedações em madeira já anteriormente colocadas. Essas espécies foram: Escallonia, Teucrium e Euonymus. Nos posts seguintes falar-se-á um pouco de cada uma.

Jardim principal da escola



As fotografias seguintes servem para ilustrar, sumariamente, o trabalho desenvolvido pelas turmas do CEF de Jardinagem e Espaços Verdes num espaço que ficou reservado para a criação do jardim principal da escola. A plantação das cerca de 30 espécies diferentes de plantas decorreu nos meados do mês de Maio. Algumas destas espécies serão motivo de análise mais pormenorizada em futuros posts.



















































segunda-feira, 21 de maio de 2007

Santolina


Arbusto sempre-verde e rústico. Atinge 75 cm de altura e 1 m de amplitude. Preferem um solo com boa drenagem e muito sol. Devem evitar-se solos muito ricos em nutriente. Plantar com intervalos de 45cm ou de 38cm no caso de se desejar obter uma sebe. Em termos de manutenção deve aparar-se a planta para lhe dar forma após a floração. Na Primavera devem, ainda, cortar-se os ramos lenhosos mortos das plantas estabelecidas. No final do verão devem cortar-se as flores para que a planta não lenhifique. Referenciam-se, como as mais importantes, a S. pinnata e a S. chamaecyparissus

Lavandula


Uma das espécies implantadas neste terreno foi, como foi referido, a Alfazema (Lavandula). É uma espécie originária do Norte e do Sul da África, das Ilhas Canárias e do Arquipélago da Madeira. Plantadas ao ar livre as alfazemas fazem um bonito efeito de finais da Primavera ao Outono. Preferem um solo fértil com boa drenagem e abrigados dos ventos frios, adaptando-se bem a quase todos os tipos de solo, com excepção dos pesados e húmidos. Não se dão bem com muita água ou humidade e toleram a sobra parcial. A propagação pode ser feita por semente, colocando-a num local coberto à temperatura de 18ºC. A germinação leva 18 a 28 dias. Todos os anos, quer após a floração, quer no inicio do Outono, devem ser aparadas cortando os ramos velhos e lenhosos pois não produzem novos lançamentos.
Existem diversos géneros de Lavandula: L. angustifolia, L. stoechas, L.dentata, Lavandula x allardii, Lavandula x christiana.

Intervenção dos alunos do CEF de Jardinagem











As turmas do CEF de Jardinagem e Espaços Verdes da Escola Secundária/3 de Castro Daire, tem vindo a operar em diversos espaços da Escola. Chegou agora a altura de mostramos o trabalho desenvolvido. Um dos espaços a intervencionar neste ano lectivo de 2006/07, foi o que se situa entre os Pavilhões A e B, mesmo em frente à nova Biblioteca da Escola. Nas fotos que se apresentam pode ver-se a situação que existia no início do ano e a que está agora. Diga-se que já foi feita a plantação de Alfazemas (Lavandula) e Abrótanos-Fêmea (Santolina chamaecyparissus) que ainda estão muito pequenas.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

terça-feira, 17 de abril de 2007

Exemplos de Jardins







Observem, agora, alguns exemplos de jardins já instalados.